Pacientes com diagnóstico de câncer de próstata de baixa agressividade e doenca restrita podem optar por um sistema de tratamento não-invasivo chamado pelos americanos de “Active Surveillance” (Vigilância Ativa, em português). Trata-se de um acompanhamento ativo, o que significa exames de PSA e exame local a cada 4 ou 6 meses, além de repetição da biópsia anualmente. O objetivo é avaliar se a doença apresenta progressão, seja se transformando em câncer mais agressivo ou aumentando a área afetada na próstata.
Esta alternativa aos tratamentos ativos (como a cirurgia, braquiterapia ou radioterapia) vem da constatação de que muitas vezes estamos tratando pacientes que não precisariam ser tratados e que, com isso, passam a sofrer das consequências destes tratamentos.
A decisão de uma “Vigilância Ativa” deve ser sempre tomada em conjunto pelo médico e pelo paciente. Isso porque, em cerca de 30% dos casos, o diagnóstico de câncer de baixa agressividade pode estar subavaliado. Nesses casos, a doença pode ser mais importante do que aparenta e evoluir rapidamente. Por isso, o acompanhamento deve ser feito em espaços de 4 a 6 meses, e se faz necessário uma ou mais biópsias repetidas. E, logicamente, converse bastante com seu médico sobre esta atitude.