A Medicina já definiu claramente que o aparecimento da Disfunção Erétil pode ser um indício de um futuro quadro de isquemia das artérias coronárias ou mesmo de um infarto do miocárdio. Esta hipótese foi estudada detidamente pelos professores S. Hall, R. Shackleton em Boston, “Massachusetts Male Aging Study”, e os resultados publicados na conceituada revista “The American Journal of Cardiology”.
O objetivo dos pesquisadores era identificar se outros aspectos da sexualidade poderiam também contribuir para o desenvolvimento futuro de uma doença coronariana. Conseguiram avaliar 1165 homens, que, no início do estudo, não apresentavam qualquer sinal de cardiopatias. Esses indivíduos foram divididos em dois grupos: um com Disfunção Erétil moderada ou completa e o outro sem Disfunção ou apenas com Disfunção leve.
Após cálculos estatísticos que levaram em consideração fatores como idade, tempo de seguimento, aspectos hereditários, entre outros, chegou-se à conclusão que a incidência de eventos de doença cardíaca foi de 17,9 casos para cada 1000 pessoas portadoras de Disfunção Erétil moderada/completa por ano. Já no segundo grupo sem Disfunção/Disfunção leve, a incidência foi significativamente menor, na ordem de 12,5 casos para cada 1000 pessoas/ano.
Estes dados confirmam estudos anteriores de que a Disfunção Erétil pode ser considerada como um marcador de possível cardiopatia futura.
Há outra informação interessante neste estudo: homens que mantém uma atividade sexual com frequência de 2 vezes na semana apresentam um risco 1,45 vezes menor de sofrer um infarto do miocárdio quando comparados com homens que apresentam uma frequência sexual de 1 vez no mês. independentemente de serem portadores ou não de Disfunção Erétil.
Estes resultados, concluem os autores, sugerem que a baixa frequência de atividade sexual pode aumentar a ocorrência de problemas cardiovasculares no futuro.